sábado, 16 de abril de 2011




A INFLUÊNCIA DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO


Vocês já pararam para pensar em como os meios de comunicação influenciam em nossas vidas? Vivemos em um mundo cuja globalização atingiu tal ponto que são poucas as comunidades que não tem acesso a algum meio de comunicação. O momento atual tem sido chamado de era das comunicações, já que o avanço tecnológico e o crescimento do acesso aos veículos de comunicação trouxeram inúmeras implicações para o ser social. 
Um dos meios mais influenciadores é a TV. No Brasil, um país em desenvolvimento, onde a exclusão social, caracterizada pelo não-acesso a fatores de qualidade de vida (como educação, saúde, trabalho, moradia, lazer, segurança, etc.), a TV é o veículo de comunicação social mais acessível, mais presente, assumindo um importante papel na vida cotidiana.
A TV, nesse estágio está acessível a milhares de pessoas ao mesmo tempo, e forma multiplicadores de sua realidade ideologicamente montada envolvendo assim, todo o corpo social. É evidente a maneira que a televisão tem alargado sua influência em quase todas as partes do mundo. Ela é tão atuante na vida familiar que tem sido considerada um membro permanente.
De acordo com dados de 2003 divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) 11,6% da população brasileira com 15 anos ou mais é analfabeta, ou seja, tem a televisão como uma das únicas fontes de informação. Aquilo que é apresentado na telinha torna-se verdade absoluta para aqueles que não possuem outros referenciais informativos ou repertório que lhes permita fazer uma leitura crítica do meio.
Os meios de comunicação são responsáveis por passarem a informação e muitos detêm poderes de manipulação e alienação das massas; sugerindo produtos e maneiras de agir, tanto de forma direta como indireta. A publicidade sempre nos mostra modelos perfeitos de ser, de vida ideal e que o expectador pode adquirir, desde que compre determinado produto.
 Os próprios programas de TV e as novelas chegam a mudar as formas de comunicação das pessoas, são adotados conceitos que antes a pessoa não tinha, chegam a alterarem hábitos, posturas, gostos e comportamentos. Quem nunca usou a marca “x” porque a personagem da novela estava usando, ou nunca disse determinada “palavra” ou “expressão” porque determinada pessoa usou na novela? A publicidade na mídia atua de tal forma que vende o “produto”, mas para garantir o Ibope, entreter e fidelizar o público, vende também idéias, valores e conceitos.
Torna-se necessário que sejamos pessoas críticas e não nos deixemos influenciar por tudo aquilo que vemos. Reconheço a importância dos meios de comunicação como parte de nossa evolução pessoal, entretanto não podemos estar sempre predispostos à eles. Devemos possuir nossa própria autonomia, nossa própria identidade.

A influência da propaganda

Concordo plenamente com a afirmação. Só esqueceram também de dizer que a propaganda estimula o consumo desenfreado e desnecessário, o consumo de doces e outros alimentos que fazem apenas mal a saúde, que expõe mulheres a condições de objetos sexuais (veja TODOS os comerciais de cerveja), entre outros problemas.
O único canal que minha filha de 3 anos assisti é a Discovery Kids que tem uma programação educativa voltada para crianças. O canal é ótimo, o único problema são os comerciais. Uma avalanche de propagandas apelativas. E claro, minha filha quer tudo de tudo.
Ontem fui ao shopping e minha filha viu numa loja de brinquedos uma boneca “doente”. Fazia dois dias que ela estava falando que queria a boneca doente que tinha injeção, estetoscópio, soro e outros acessórios médicos.
Preço da boneca? 199,90, isso mesmo, duzentos reais!
Minha resposta foi imediata. Filha, sem chance. Ela tinha direito a um presente e eu pretendia gastar até 100 reais.
Aí, ainda rodando pelo shopis, encontramos outra boneca “doente”, essa de uma marca genérica e por 67,90. Um preço alto, mas já mais aceitável. Comprei a boneca.
Chegamos ontem em casa por volta de 17 horas e ela brincou com a boneca por aproximadamente 1 hora e já perdeu o interesse. Hoje cedo brincou mais um pouco, e agora já quer outro brinquedo.
Isso é o que a propaganda faz. Estimula o consumismo, nos convence na amarra que algo é bom e que precisamos. Pura ilusão. Quase tudo que é anunciado não é necessário para nossas vidas.
Os publicitários estão na deles, criam propagandas cada vez mais chamativas que nos fazem pensar: Nossa, como vivi até hoje sem isso.
Agora cabe a nós adultos estabelecermos racionalmente o quanto podemos gastar em consumos supérfluos. Também cabe aos pais limitar seus filhos, ensiná-los o custo dos produtos e educar com firmeza, fazendo o que é necessário e não o que é mais cômodo.

Influência da TV...




 A influência da TV é uma temática constantemente abordada em sala de aula. Abaixo reproduzo uma texto da Revista Mundo Jovem, assim como apresento uma proposta de atividade sobre o texto.

Na frente da TV
“Quando estou em casa, sozinha, sempre ligo a TV. Ela acaba com a minha solidão.
É quase uma companhia. E eu tiro proveito disso. Quando minha família está em casa e a TV está ligada, nem precisa ter assunto. Mas, sei que a televisão não pode substituir a presença de uma pessoa”. Assim me falou a dona de casa Lúcia Silva, de 30 anos, moradora de um bairro de Goiânia.

Com um simples apertar de botão, a tela da TV ilumina um ambiente e toma o com tamanha eficiência, que acaba nos seduzindo e, não poucas vezes, nos prendendo diante dela. E prende não só as crianças ou adolescentes, mas às vezes toda a família, como revelou dona Lúcia.
Assim, a TV passa a ocupar e marcar a vida de muitas famílias.
Frente a um cotidiano tomado pela luta pela sobrevivência, nas famílias mais pobres os pais não dispõem de tempo para brincar, contar estórias, jogar bola, passear, conviver com os filhos. Muitos saem para trabalhar na madrugada e só voltam para casa tarde da noite, quando os filhos já estão dormindo.
Por outras opções e circunstâncias, os pais de famílias ricas também não têm tempo para conviver com os filhos.
Vemos, assim, que a família não encontra mais tempo para ficar junta, para desfrutar, “curtir” a presença uns dos outros. E quando o tempo sobra, todos param, calados, diante da televisão: “nem precisa ter assunto”... Na correria do dia-a-dia, aos poucos as crianças perdem os referenciais, quando o espaço familiar de convivência é substituído pela televisão.
Outras que já nascem nessa roda-viva, sequer chegam a adquirir referências dessa natureza.
A força da rede
Ninguém mais duvida de que a televisão é um veículo poderoso e em expansão.
Dentro dos meios de comunicação social, a TV perde para o rádio em termos de audiência. A cada dia, este grandioso veículo da comunicação investe mais em tecnologia e qualidade: TV a cabo, TV de alta definição, sistemas de filmagem usados no cinema transpostos para a televisão, dando cada vez mais beleza e qualidade às imagens que vemos.
Aperfeiçoa-se não apenas do ponto de vista tecnológico: veja as refinadas produções dos senados, novelas, programas científicos ou de entretenimento. A força que a televisão tem para mobilizar, encantar e informar
as massas é inquestionável. Ela oportuniza diversão acessível para muitas famílias que, geográfica ou economicamente, estão isoladas.
Não podemos negar a importância da televisão. Ela tornou-se, para muitos, o único canal de acesso ao conhecimento.
Estruturada em redes, a TV integrou diferentes nações do planeta, trazendo e levando notícias. As mais diferenciadas imagens dilatam as nossas pupilas, ora por causa da beleza, ora por causa da violência. A morte e a vida causando-nos espanto e emoção.
Pela TV, a realidade mundial se aproxima de nós e entra em nossas casas, através das imagens, dos sons, das músicas e dos textos falados nos diferentes programas. Assim, vamos nos inteirando de fatos desconhecidos e ampliando conhecimentos ainda em construção.
E, se não tomamos alguns cuidados, a TV acaba sendo um veículo invasor que chega sem pedir licença e vai até onde não queremos.
Não se pode subestimar a força ideológica das grandes redes de televisão, como nos chama a atenção Martín-Barbero: “A televisão não nos afeta só quando estamos olhando para ela. (...) A maior influência da televisão não se produz através do tempo material que lhe dedicamos, mas através do imaginário que ela gera e pelo qual estamos sendo penetrados”.
Atualmente, os pais não conseguem ser uma presença junto aos filhos, capaz de gerar valores. Talvez por isso fiquem tão aflitos e reclamem tanto que os filhos fiquem expostos à apologia do consumismo, da violência e a outros duvidosos valores que a TV veicula.
Portanto, apresenta-se um desafio para as famílias: como ajudar crianças e adolescentes a receberem criticamente o que a TV veicula? Como ajudá-las a ter critérios para selecionar o que assistir?
Como primeira educadora, formadora de valores, a família tem de continuar exercendo o seu papel, em qualquer contingência em que esteja inserida.
Se não assume esse papel, ela vai perdendo sua identidade formadora e, conseqüentemente, comprometendo a integridade moral e o equilíbrio afetivo das futuras gerações.
Na infância, a pessoa absorve certos valores que só a família, enquanto grupo, pode dar. Estes valores serão
determinantes para aprenderem a viver em grupo no conjunto da sociedade.
Nenhum outro grupo social ou veículo formador pode substituir o que é próprio da família.
À família cabe o papel de geradora de alguns dos “filtros” ou “óculos” pelos quais a criança, o adolescente, o jovem e o futuro adulto enxergará o mundo. Através destes “óculos” é que a pessoa distingue o bom e o ruim em tudo o que recebe, inclusive a programação da TV.

Por Rezende Bruno de Avelar, Psicopedagogo.

Fonte: Revista Mundo Jovem